Antônio Dó: O Cangaceiro dos Gerais

  

        Fonte: Cariri Cangaço



Por Moisés Pereira Sanguinette


Várzea da Palma-MG 26 de Setembro 2020



        Antônio Antunes de França (Antônio Dó), foi um dos bandoleiros mais conhecidos do Vale do São Francisco. Existem inúmeras faces sobre a vida desse cangaceiro, natural de Pilão Arcado-BA, que viveu entre os séculos XIX e XIX, sua família deixou o sertão baiano rumo a São Francisco - MG, o que fez esse personagem bastante conhecido nos sertões de Minas e Bahia, recebendo a alcunha de 'Cangaceiro dos Gerais'. Os 'Gerais' é um território que corta os Sertões Baiano e Mineiro, retratado no conto 'O Grande Sertão Veredas' de Guimarães Rosa, no qual o bandido Dó retratado em ficção. A história de Antônio Dó desperta bastante curiosidade pelos locais por onde bandoleiro passou. Antônio Dó era de origem humilde, um motivo dele ter passado uma infância pobre pelos sertões da Bahia. A sua família migrou pro Norte de Minas pelas margens do Velho Chico, torando sitiantes na região San-franciscana de Minas Gerais. No Sertão Mineiro, sua família acumulou uma série de atritos com vizinhos e autoridades locais. A Situação se agravou no ano de 1909, quando mataram o seu irmão Honório Antunes de França, a queixa de Dó estava no descaso das autoridades locais, por não tomar providencias diante do assassinato do irmão, restando a ele fazer as honrarias de sua morte. De certo que os maiores inimigos de Antônio Dó eram o sitiante Chico Peba e as autoridades que o perseguiram em toda sua vida, a Força Pública, naquela época chamada de Volantes ou 'Macacos' abriram o cerco sobre o bandoleiro pelos Sertões de Minas, Bahia e parte de Goiás. Foi dentro da Força Púbica que Antônio Dó fez o seu maior inimigo, o Alferes Felix Rodriguês (O Felão), tenente da Volante Mineira, que por coincidência era baiano. Antônio Dó e Felão travaram uma batalha pelos Sertões do São Francisco. O tenente queria sua captura a qualquer custo, o bandoleiro era tido como um troféu pelos Sertões. Em meados do século XX, autoridades da cidade de São Francisco deram vós de prisão ao bandoleiro, que recusando a prisão, foi amarrado e acoitado em um pé de Juazeiro em frente a Cadeia Pública do Município de São Francisco-MG. Antônio Dó virou personagem dos municípios de Pilão Arcado-BA, Chapada Gaúcha-MG, São Francisco-MG e pelos locais por onde passou. Fugindo das autoridades, seu bando se escondia na Serra das Araras (Chapada Gaúcha-MG) e no povoado de Vargem Bonita (São Francisco-MG). Era tido como protegido da comunidade local, a sua veneração culminou em um dos maiores massacres já registrado no Sertão Mineiro, o Massacre de Vargem Bonita, onde mais de 70 pessoas foram mortas pelas forças do tenente Felão, por não entregar o lugar que Antônio Dó estava escondido. A história aponta que o jagunço foi traído dentro do próprio bando, suspeitando que Dó possuía muito ouro e diamantes, um de seus cangaceiros o matou a traição a golpes de mão de pilão, pondo fim a saga do Cangaceiro dos Gerais. Antônio Dó morreu em 1929, embora há muitos relatos sobre a sua vida, sua história ainda se encontra escondida pelos Sertões dos Gerais.


Rei Herodes


    Fonte: Google Imagens


O reinado do rei Herodes

Constituído fora do moldes

E das leis do Criador

Cheio de maldade e horror

Totalmente confundido

Ameaçou de morte o recém – nascido

Nosso Senhor Jesus Cristo

Que vencerá o anticristo

Diante de situações incertas

Perseguiu muitos profetas

Pertencente aos hebreus

E constituídos por Deus

No interesse da cobiça

Perseguiu João Batista

Aos olhos do Criador

Aprovou a crucificação do Senhor

Como descarte de lixo

Morreu comido de bicho



Moisés Aboiador 

De Pirapora a Petrolina

 Pirapora-MG                                           Petrolina-PE

 

 Fonte: Google Imagens




Assim é o enredo nordestino

Eu gosto de Juazeiro,

Mais adoro Petrolina

Nessa sina sem destino

Nesse Sertão Brasileiro

Que começa em Pirapora

E termina em Petrolina

( 1 )

Quem presta gentileza

É o São Francisco

Rio de imensa beleza

Onde o linguajar sertanejo

Chama de Velho Chico

Atendendo o desejo

Do Sertão navegável

( 2 )

Sertão das grandes embarcações

Que diante das ocasiões

Torna o tempo implacável

No Sertão do São Francisco

Que se perde no manuscrito

Nos registros e fotografias

Que descreve o Sertão das noites frias

( 3 )

Regidas pelo vapor Saldanha Marinho

Quebrando a lei do retrocesso

Trançando um longo caminho

Rumo ao progresso

Do progresso conjunto

No português compete adjunto

Para descrever o vapor Benjamin Guimarães

( 4 )

Que navegou os sertões

Conduzindo filhos, pais e mães

Junto com suas escolhas e decisões

Rumo ao Sul do país

Benjamin Guimarães e Saldanha Marinho

Na terra do chafariz

Onde o homem traça seu próprio caminho

( 5 )

São mais que duas embarcações

É como um vôo troncho do anu

Onde as grandes migrações

Trouxe progresso para o Sul

Lembranças de uma época retórica

Que nesse cordel eu aplico

O desenvolvimento da cidade Pirapora

( 6 )

O Porto do São Francisco

E desenvolvo essa rima

Da Cultura Popular Nordestina

Dos vapores do forró pé de serra

Que nunca desatina

A navegação só encerra

Quando chega a Petrolina

( 7 )


Autor: Moisés Aboiador

“Bem Vindos á Recife, A Veneza Brasileira”

 IMAGENSNET: RECIFE - VENEZA BRASILEIRA

 Fonte: Google Imagens 


 


No período colonial

Nasce a capital pernambucana

Sua beleza emana

O domínio dos Nassau

No posto de capital

Foi uma das pioneiras

Em terras brasileiras

Feliz foi o homem que disse

BEM VINDOS Á RECIFE,

A VENEZA BRASILEIRA

( 1 )

Sobre Mauricio de Nassau

Nossa história não engana

Viveu em terras pernambucanas

No Recife a capital

O Brasil era colonial

Onde Portugal foi à primeira

De Monarquia, a pioneira

Feliz é o europeu que disse

BEM VINDOS Á RECIFE,

A VENEZA BRASILEIRA

( 2 )

Hoje é rica em cultura

A capital pernambucana

Zona da Mata da cana

É onde a história apura

Sociedade e cultura

De uma grande cidade

Na zona costeira

E no poeta que disse

BEM VINDOS Á RECIFE,

A VENEZA BRASILEIRA

( 3 )


Autor: Moisés Aboiador

“O Cordel Improvisado, Já fez sete primaveras”

 

Fonte: Radio Cantoria




Esta é uma simples homenagem

Mais é de coração

Do poeta do sertão

Descrevendo a paisagem

Anunciando a passagem

Da mais linda primavera

Onde são acesas velas

Para o homenageado

“O CORDEL IMPROVISADO,

JÁ FEZ SETE PRIMAVERAS”

( 1 )

E aqui presto passagem

Com poesia do Sertão

Despertando a emoção

Participando dessa homenagem

Com poetas de bagagem

Que em mais uma primavera

Tem atitude e zela

Por um verso bem rimado

“O CORDEL IMPROVISADO,

JÁ FEZ SETE PRIMAVERAS”

( 2 )

Aqui não tem camaradagem

É sim profissionalismo

Pois escrevo e afirmo

Fazendo passagem 

Prestando homenagem

Onde a poesia anela

Em mais uma primavera

No ato que é cobrado

“O CORDEL IMPROVISADO,

JÁ FEZ SETE PRIMAVERAS

( 3 )

Na Veneza Brasileira

Será o evento

No total de 100%

Nossa terra altaneira

É hospitaleira 

A cidade fica bela

Do inverno a primavera

E saudando todos os estados

“O CORDEL IMPROVISADO,

JÁ FEZ SETE PRIMAVERAS

( 4 )


Autor: Moisés Aboiador

Lampião em Juazeiro do Norte

 Há 85 anos Lampião e seu bando chegavam em Juazeiro do Norte

 Fonte: Cangaço em Foco




Pelas bandas do Ceará

Uma história vou contar

Esse estava dividido

Naqueles Sertões sofridos

Da região do Cariri

Acontecendo ali

Tamanha revolução

Diante daquela sequidão

Um padre fez oposição

A supremacia do governador

( 1 )

Sem temer o peso da dor

Procurando os serviços do Capitão

Um tal Virgulino Lampião

Que naquela altura

Agia na cara dura

Como governador do Sertão

Ganhando condecoração

E patente de Cangaceiro

Defensor do Padre Cícero Romão

Que de beato

( 2 )

Eu relato

Não tinha muita coisa não

Pois os interesses políticos

Estava acima da religião

E aqui eu me arrisco

Na situação de risco

Que vivia o Sertão

Privilégios no Estado

Enquanto o povo danado

Morria na sequidão

( 3 )

No X da questão  

Justiça surge das próprias mãos

Por homens corajosos

De família morta por poderosos

Mas, a falta de ordem

Era concordar com a desordem

E os roubos no Cangaço

Essa crítica eu faço

Ao Padre do Juazeiro do Norte

Á quem o idolatram após a morte

( 4 )

Não é ironia do destino

É falta de conhecimento do Nordestino

Por não compreender a história

Tem a pobre memória

De não saber o certo

Os erros encobertos

Do Cangaceiro Lampião

E do bando seu

Que distante de Deus

Preferiu servir o “cão”

( 5 )

Um sujeito desse jeito

Com todo respeito

Não merece adoração

Pois não passa de um mortal

Que bancou de radical

Nas quebradas do Sertão

Pois do presente ao passado

Só um Ser que é adorado

Entre o bem e o mal

Só Deus Pai Celestial

( 6 )

Cabe toda adoração

Seja aqui no Sertão

Ou em outro lugar

Não adore o Padre do Ceará

Muito menos Lampião

Quando Jesus voltar

Vai saber da decisão

Pois Deus vai nos julgar

E também te condenar

Sem ter a salvação

( 7 )


Autor: Moisés Aboiador 

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