Mãe (Tributo)

 

 









Fonte: Moisés Aboiador 


Motivo da minha inspiração

Hoje escrevo cordel

Divulgo o Sertão

De uma mãe fiel

( 1 )

Que jamais traiu o seu marido

E no espaço concedido

Foi uma genitora

Autêntica promotora

( 2 )

Que criou os seus filhos

Procurando seguir os trilhos

Da boa educação

Foi por essa razão

( 3 )

Que ela foi uma professora

O ensino era o Mobral

Mais como educadora

Nossa mãe foi genial

( 4 )

Ate hoje é lembrada

Por sua contribuição

Da herança passada

Na área da educação

( 5 )

Da educação simples

Não contêm muitos requintes

Só atende a sintonia

Da boa sabedoria

( 6 )

A sabedoria que não mata

E que nunca maltrata

O campo da educação

Nem aflige a população

( 7 )

Sempre será lembrada

Por amigos e companheiros

Pois cumpriu sua jornada

Nos lindos tabuleiros

( 8 )

Do Vale do Jequitaí

Onde destaco aqui

Os pensamentos profundos

Lembrados por seus alunos

( 9 )

Vale do Jequitaí

Das eternas lembranças

Perdidas nas heranças

É difícil refletir

( 10 )

A lei da verdade

Que construo daqui

Lembrando a realidade

Do Vale do Jequitaí

( 11 )

De uma mãe e professora

Uma eterna genitora

No eterno manuscrito

Escrito no Vale do São Francisco

( 12 )

Onde fui nascido e criado

Aprendendo desde inicio

O seu grande legado

Da educação por ofício

( 13 )

Mãe que me criou com carinho

Nunca agiu com agressão

Muito menos deu safanão

Pois trilhava o caminho

( 14 )

Da boa educação

Sempre foi fiel comigo

No ato da correção

Só aplicava o castigo

( 15 )

O castigo do perdão a Deus

Perante os erros meus

Que ajoelhava no chão

E a Deus pedia perdão

( 16 )

Minha mãe nunca foi de bater

Aplicava boa correção

No ato de proceder

Da boa educação

( 17 )

Da educação com diálogo

Que diante dos ermos

Não precisa de psicólogo

Só dobra os joelhos

( 18 )

Pedi perdão a Deus pelos erros

Há se todos pensassem assim

Esse universo sem ermos

Não estaria no fim

( 19 )

Hoje a boa educação

Infelizmente se perdeu

Quem nunca a conheceu

Perdura na solidão

( 20 )

 O tempo foi mensageiro

 Deus é o pioneiro

 Poderoso e ordeiro

Levou minha mãe primeiro

( 21 )

Deus não gosta de tormento

ELE odeia sofrimento

Só cumpre o alinhamento

Do Santo Firmamento

( 22 )

Embora fosse pouco tempo

Se colocarmos nos planos

Foram apenas três anos

De muito conhecimento

( 23 )

Que adquirir ao longo do tempo

Com uma grande professora

Sabia de entendimento

No seu ato de autora

( 24 )

Uma grande costureira

Tinha os dotes de cozinheira

O progresso que atende

Foi funcionaria de uma fabrica da Adene

( 25 )

Antiga Sudene

Que o progresso tanto defende

No Sertão inteiro

E em todo Nordeste Brasileiro

( 26 )

Era a extinta Eliane Minas

Também chamada de Palmasa

Nesse mundo de sinas

Que a minha mãe trabalhava

( 27 )

O tempo foi passando

O progresso acabando

A realidade contrastando

Com a fábrica se fechando

( 28 )

Como um fato que constrangia

Gera dor sem alegria

Ver a fábrica que partia

Rumo ao estado da Bahia

( 29 )

Mas minha mãe ficou na história

Do Vale do Jequitaí

Sem pressão nem palmatória

Descrito neste cordel aqui

( 30 )

Lembrança que corta a alma

Ficou na memória de Várzea da Palma

Falo neste manuscrito

Da sua importância no Vale do São Francisco

( 31 )

Mãe que naquele 25 de dezembro

Atendeu o dividendo

Cumprindo o sinal

Do Deus Celestial

( 32 )

Que naquela madrugada

Numa noite enluarada

Da profecia cumprida

Concedeu-me a vida

( 33 )



Autor: Moisés Aboiador 

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