Fonte: Google Imagens
A
história de um cabra de sorte
Fincada
nestes confins do Norte
Era
um simples sujeito
Pois
não tinha preconceito
De
nome António Gonçalves da Silva
O
conhecido Patativa
Patativa
é uma ave
Assaré
uma cidade
Descrita
na literatura
Em
arte e em pintura
No sertão
do Ceará
Terra
de José de Alencar
Como
homem do sertão
Honrou
esse torrão
Em
seus versos a improvisar
Era
impossível o contrariar
Num
sertão de sofrimento
Levou
o encantamento
Na
cidade de menino a mulher
No
tempo que Deus quiser
Patativa
era matuto
Com
seu tributo
Não
gostava de insulto
Coisa
de sujeito adulto
Pouco
freqüentou a escola
Mas
nunca pegou cola
Neste
cenário de ilusão
O resultado é decepção
Grande
poeta popular
Do
estado do Ceará
Mesmo
com pouco estudo
Conhecia
o absurdo
Gênero
de cabra matuto
Presente
neste país astuto
Não
era universitário
Mais
vivia o cenário
Da
falta de compromisso
De
um ambiente promiscuo
Que
na educação tenta infernizar
Com
a prática do plagiar
Cantou
os desmandos da vida sertaneja
Universo
de muita peleja
No
mundo da corrupção
Anunciou
a confusão
E os
desmandos no sertão
Onde
muitos querem ostentação
No
cenário político
Pela
força e os atritos
Presenciou
os conflitos
Que
afligia a população
Na
época da ditadura
No
regime da usura
Que
assolava o sertão
E os
confins da nação
Mesmo
sem ser letrado
Era
muito educado
Um
dom que Deus lhe deu
Juntando
o talento seu
Diante
de uma simples história
Sem
pressão, nem palmatória
Por
frase aleatória
Que
o Patativa mora na glória
Autor: Moisés Aboiador
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